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Conheça a Unidade de Educação Infantil da Ufal e sua importância para a comunidade acadêmica


Por Melissa Buarque e Eduardo Jorge




A Unidade de Educação Infantil Professora Telma Vitoria, que recentemente passou a ser reconhecida legalmente como um Colégio de Aplicação (CAP), tem 38 anos de serviços prestados a estudantes e servidores da Universidade Federal de Alagoas. Durante esse tempo, construiu prestígio e referência em um ensino que participa não apenas da formação de crianças, como também de universitários. Apesar das conquistas realizadas até aqui, ainda existem muitos sonhos que essa instituição com tanto potencial pretende realizar.


Cleriston Izidro dos Anjos é o diretor do Telma Vitória e faz parte da Ufal desde 2009. Graduou-se em pedagogia, fez mestrado, doutorado, pós doutorado e hoje atua como professor do curso de pedagogia no Centro de Educação, também conhecido como Cedu. Ele assumiu a direção em março desse ano e, desde então, vem ampliando os horizontes para que, apesar dos desafios enfrentados, as expectativas de melhorias que a comunidade acadêmica tanto sonha, e merece, sejam supridas.


“É um sonho da unidade ter um espaço físico, maior e mais adequado. Essa unidade tem quase quatro décadas. Agora que a gente conseguiu ser um Colégio de Aplicação e temos o direito de ir ampliando para o atendimento de um ensino fundamental ou ensino médio, por exemplo, mas isso depende também de recursos federais, depende de uma série de questões que demandaria concurso pra profissionais específicos, para atuar com as crianças, e equipe de apoio de modo geral” declarou.


A Unidade conta com projetos que são desenvolvidos pelo Centro de Educação, mas também de outros Departamentos da Universidade. Foram criadas parcerias com os curso de Psicologia, Odontologia, Assistência social e Nutrição. Essa política estudantil só tem a favorecer os alunos, que passam a ganhar suporte que ultrapassam o campo da educação e promove um diálogo intersetorial, tornando esse o grande diferencial da instituição.


“Por isso que é importante este lugar. As mães e pais não querem apena sum espaço seguro para os seus filhos, querem também uma boa educação para eles. O fato da unidade se localizar em uma universidade se constitui como espaço não só de atendimento às crianças, mas de pesquisa e de extensão. Isso traz uma responsabilidade muito grande, mas também traz uma expectativa com relação a qualidade da educação que é oferecida” afirma.


Esse trabalho que reúne tanta dedicação e amor dos profissionais merece destaque e é um espaço que não se constitui apenas no ato da educação, mas no cuidado, que se apresenta também em forma de resistência ao enfrentar os desafios diários. Tudo isso mostra como as crianças são importantes, e que educá-las também pode ser um aprendizado. Existe uma troca mútua. E mesmo quem vê de longe percebe: é um sentimento que transborda para além das paredes de um colégio.


O olhar psicopedagógico

De acordo com a psicopedagoga, Minerva Rosaly, essa relação recíproca aluno-escola influência de maneira positiva e perceptível a educação de um aluno. Ela explica como é interessante construir um ambiente como o da creche em questão, onde os alunos passam a ter contato com tanta diversidade, principalmente, através dos diversos especialistas de diferentes áreas que fornecem atendimento para eles.

“Toda essa experiência ainda na primeira infância, fase da vida onde o cérebro está em desenvolvimento e começa a ser formado as primeiras visões de mundo, é uma oportunidade valiosa e que deve orgulhar os pais e os professores envolvidos”. Ela ainda aponta como a metodologia escolar de modo geral deve ser fundamentalmente didática. “O emocional de uma criança é diretamente relacionado com seu desenvolvimento escolar, então, promover didáticas em sala de aula e criar laços saudáveis com os seus mediadores, é indispensável no processo de aprendizagem”.

A perspectiva materna

Laura Cassiano é assistente social formada pela Ufal e atualmente cursa mestrado na mesma instituição. Contudo, ela começou a utilizar os serviços do pré-escolar em 2019, quando ainda estava no bacharelado. Na época, sua filha Aysha tinha apenas dois anos de idade. Agora com seis, ela está no segundo e último período ofertado na creche.

Enquanto mãe solo, Laura relata como esse auxílio foi essencial. “Ter o apoio de uma unidade como essa, que dá todo esse suporte de qualidade, foi para mim fundamental nesse processo todo. Eu pude estudar e ficar tranquila com relação à minha filha. Então foi muito importante para ela, e para mim, na minha formação”.

A dificuldade seria maior para Laura, que tem uma rotina bastante corrida, caso não pudesse contar tão firmemente com a unidade. Mesmo com o suporte da família, ela teria a constante preocupação de conciliar os estudos, o trabalho e a maternidade. Mas com esse centro de educação infantil, ela teve a possibilidade de estudar e trabalhar, tendo a tranquilidade de saber que sua filha estava recebendo todos os cuidados necessários.





Como elogio à unidade de educação, ela conta que o grande diferencial da creche é, “especificamente” a compreensão e o respeito com as crianças e com a própria família, o que transforma o ambiente num espaço de acolhimento mútuo. “A unidade tem todo esse cuidado de trazer os pais para perto, de fazer conversas e momentos que contribuam para que tudo seja mais tranquilo para a criança e para a família. Esse aspecto, de querer sempre as famílias participando do processo e de trazer uma proposta sempre inclusiva, eu acho que fazem da unidade uma escola realmente diferenciada e pela qual eu tenho muito apreço”.


Assim como o diretor Cleriston, Laura também gostaria de mais incentivo no local, bem como a ampliação do espaço da creche. Essa provavelmente, é a expectativa de toda comunidade acadêmica que seria beneficiada com mais investimento. “Isso é algo que a gente já conversa, porque a equipe da escola sempre traz as famílias para dentro da discussão. Então, sim, eu acho que precisaria ter esse olhar de investir mais nessa escola para a estrutura melhorar cada vez mais, podendo assim, oferecer às crianças a oportunidade de ter uma vivência melhor”.


A escola está inserida em um campus universitário, e como já foi abordado, isso é realmente um diferencial. Esse ambiente influencia na educação dos pequenos e pode até mesmo estimular bons hábitos. A mãe da pequena Aysha, observa que quando vai buscá-la na escola, a filha sempre pede para dar uma voltinha no campus e até mesmo ir à biblioteca, pegar livros.


“Acho que isso já é fruto dessa vivência com a universidade, do incentivo que tem o contato com esse universo. Enquanto eterna estudante, enquanto pesquisadora, enquanto pessoa que valoriza a pesquisa e o mundo acadêmico, eu reconheço a importância desse espaço na sociedade. Então, para mim, isso é muito importante na formação da minha filha.”



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